A cidade de Santa Maria tem um papel importante na vida do delegado da Polícia Federal (PF) Luciano Flores de Lima, que conduziu o mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, na última sexta-feira, quando foi deflagrada a Operação Aletheia, a 24ª fase da Lava-Jato.
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Nascido em Santa Maria, Lima é graduado em Direito na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Atualmente, aos 37 anos, o delegado está lotado na PF de Santa Cruz do Sul. Conforme o juiz Loreci Flores de Lima, irmão do policial, o delegado está na operação Lava-Jato desde a primeira fase e chegou a conduzir as prisões do doleiro Alberto Youssef e de José Dirceu.
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Conforme o relatório entregue por Lima ao juiz federal Sérgio Moro que conduz os processos da Operação Lava Jato, no Paraná , o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que só sairia algemado de seu apartamento, em São Bernardo do Campo.
"Foi dito por ele (Lula) que não sairia daquele local, a menos que fosse algemado. Disse ainda que se eu quisesse colher as declarações dele, teria de ser ali."
Foi aí que o delegado determinou a condução coercitiva do ex-presidente.
"Às 6h do dia 4 de março de 2016, a equipe chefiada por este subscritor bateu à porta da residência do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que foi aberta pelo próprio. De pronto, damos ciência de que estamos de posse de mandado de busca e apreensão para cumprir naquela residência, sendo autorizada a entrada de todos em seu apartamento", informa o delegado, por meio do documento.
O delegado relata que explicou para Lula que eles deveriam sair o mais rápido possível do aparamento para evitar que o momento fosse registado pela imprensa.
"Naquele momento, foi dito por ele que não sairia daquele local, a menos que fosse algemado. Disse ainda que se eu quisesse colher as declarações dele, teria de ser ali."
Sobre a polêmica que se formou em torno da condução coercitiva, Lima sustenta que a PF foi discreta no cumprimento dos mandados. Os 12 agentes que foram ao apartamento do petista estavam sem uniforme da corporação e as viaturas utilizadas eram discretas. Não houve uso de algemas. Para o policial, é uma medida mais amena que substitui a prisão temporária de cinco dias.
A condução do ex-presidente Lula é de investigado, não se confunde com a condução coercitiva de testemunha prevista no código de processo penal e civil. A condução de investigado substitui uma medida cautelar investigatória muito mais gravosa, que é a prisão temporária, que poderia caber neste caso explicou o delegado.
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